Nesta quinta-feira (2), na Comissão de Defesa do Consumidor e do Contribuinte da ALMG, foi realizada audiência pública para obter esclarecimentos sobre os preços exorbitantes de bebidas, comida e estacionamento que são praticados no Aeroporto Internacional de Confins. Representantes da BH Airport, concessionária responsável pela gestão do terminal, estiveram presentes e afirmaram que medidas estão sendo tomadas para reduzir a diferença entre o que é praticado no aeroporto e em outras praças.

Para o deputado Roberto Andrade, no entanto, a discussão não deve ser restringida à questão dos preços dos lanches e do estacionamento. Se os deputados querem pensar formas de fomentar o turismo em Minas Gerais, é preciso rever os preços dos táxis e atrair mais turistas para Belo Horizonte. “Nós precisamos ter um aeroporto de Confins funcionando bem, porque nós já temos uma rede hotelaria muito bem estruturada e precisamos buscar formas de promover o turismo de negócios na Capital, para que isso se reflita em todo o estado”, afirmou Roberto Andrade.

O relações institucionais da BH Airport, Guilherme Motta Gomes, afirmou que os contratos atualmente vigentes foram “herdados” da Infraero, sem cláusulas de regulação de preços. Ele reconhece que algumas lojas oneram entre 15% e 20% os preços em relação a outros lugares de Belo Horizonte. Mas, segundo ele, já estão em andamento licitações para ocupação dos espaços e os novos contratos, que devem estar em vigência até novembro, exigirão dos comerciantes a prática de preços compatíveis com o mercado geral.

Outra estratégia da concessionária, de acordo com Guilherme Gomes, é ampliar a diversidade de produtos para estimular a concorrência e, naturalmente, pressionar a redução dos preços. Guilherme Gomes afirmou também que estão sendo realizadas negociações com os comerciantes atuais para que sejam oferecidas promoções diárias.

Sobre os preços do estacionamento, o representante da administradora apresentou uma tabela com os valores em Confins, inferiores aos praticados na maioria dos aeroportos brasileiros. No terminal, o valor da hora é R$ 8 e da diária, em média, R$ 40, variando com o local escolhido. No Aeroporto da Pampulha, em Belo Horizonte, os valores são, respectivamente, R$ 10 e R$ 50; no Galeão (Rio de Janeiro), R$ 14 e R$ 61; em Guarulhos (São Paulo), R$ 12 e R$ 45; e, em Brasília, R$ 10 e R$ 36.

Uma opção oferecida pelo Aeroporto de Confins para fugir dos preços altos das lojas são as máquinas automáticas que, segundo Guilherme Gomes, apresentam valores razoáveis. Entre os exemplos apresentados, a garrafa de 500 ml de água mineral custa R$ 3; refrigerante lata, R$ 4; suco, R$ 4; sanduíche, R$ 8; e café expresso, R$ 2. Ele afirma que existem máquinas colocadas em 15 pontos diferentes do terminal.

Para Roberto Andrade, é preciso buscar novas formas de tornar o turismo em Belo Horizonte menos oneroso

Para Roberto Andrade, é preciso buscar novas formas de tornar o turismo em Belo Horizonte menos oneroso

Fonte: Assessoria de Comunicação – Roberto Andrade (com informações da ALMG)